História

HistoriaMeu pai Roberto Sampaio de Almeida Prado sempre foi um apaixonado por cavalos; criou-os  a vida inteira. Desde eu menino, sua imagem nas minhas lembranças está associada ao cavalo.

Mangalarga e Crioulo suas duas paixões. Começou no Mangalarga em 1949, até por uma questão regional e familiar. Na década de 1960 inicia sua criação de crioulos, influenciado por Emílio Mattos, então diretor do SRG da Associação e seu amigo por toda vida. O primeiro cavalo crioulo que trouxe para sua fazenda Porangaba foi o Yucatán, um mouro de criação da Fazenda Invernada de Felipe Martins (segundo minha mãe Lucy de Andrade Machado, o homem mais educado que conheceu).

No início comprou algumas éguas de Renato Rocha Miranda, Severino Collares e Cláudio Martins e baseou sua criação principalmente nas linhagens Cinco Salsos e La Invernada, admirador que era da resistência e funcionalidade dessas tropas.

Foi sempre um apologista do cavalo funcional. Só entendia o valor de um cavalo a partir da sua capacidade de produzir um trabalho eficiente. Começou a criar o Crioulo por ser essa raça, àquela época assim como hoje, uma renomada ferramenta de auxílio à pecuária de corte. Testou seus animais, não só no cotidiano das suas fazendas, mas também nos eventos promovidos pelas entidades ligadas ao cavalo de sela, em todas as ocasiões que lhe foi possível. E não só animais de trabalho, mas principalmente seus garanhões e éguas mais importantes. Suas observações e seus ensinamentos partiam sempre da análise das qualidades funcionais do cavalo, na convicção de que principalmente elas poderiam justificar a manutenção ou não do animal avaliado.

Embora tenha criado ao longo da vida várias raças e espécies, é certo que o cavalo Crioulo teve sempre um lugar muito especial no coração do meu pai.

Fotos: Associacao Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo